Classes C e D/E impulsionam crescimento da conectividade no país
Velocidade de conexão piora quanto menor é o poder econômico
16/11/2023 12:44
| Atualizado há 1 ano atrás
Os domicílios com acesso à internet no país passaram de 51%, em
2015, para 84% neste ano, com base no total de domicílios. No ano passado, essa
parcela chegou a 80%. Os dados são da pesquisa sobre uso das tecnologias de
informação e comunicação nos domicílios brasileiros, a TIC Domicílios 2023,
divulgada nesta quinta-feira (16). 

A
amostra da pesquisa, do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e
da Comunicação (Cetic.br), abrangeu quase 24 mil domicílios e 21,2 mil
indivíduos respondentes, com coleta de dados entre março e julho deste
ano.
As
classes C e D/E impulsionaram crescimento da conectividade nos domicílios
brasileiros, passando de 56% para 91% e de 16% para 67%, respectivamente, entre
os anos de 2015 e 2023. As classes A e B passaram de 99% para 98% e de 88% para
98%, respectivamente.
No
entanto, a velocidade de conexão piora quanto menor é o poder econômico das
classes, revelou a pesquisa. Já o compartilhamento com domicílio vizinho é
maior na classe D/E, com 25% do total de lares com acesso à internet. Na classe
C, o índice é de 15%; na B, 9%; e na A, 1%.
As
classes C e D/E têm menos percentual de domicílios com computador, sendo 42% e
11%, respectivamente. Enquanto as classes A e B tem 99% e 84%,
respectivamente.
Em
relação ao acesso por indivíduos, a pesquisa mostrou que 84% da população é
usuário de internet, um total de 156 milhões de pessoas. O indicador ampliado,
que inclui indivíduos que afirmaram não ter usado a internet, mas declararam o
uso de aplicações no celular que necessitam de conexão à internet, chegou a 164
milhões de usuários.
O
percentual de usuários é maior entre a população urbana, na Região Sul, sexo
feminino, entre brancos, com ensino superior, com idade entre 16 e 24 anos, e
na classe A.
Há
ainda 29 milhões de pessoas não usuárias de internet, revelou a pesquisa. A
predominância está na área urbana, tem ensino até o fundamental, entre pretos e
pardos, na classe D/E, de 60 anos de idade ou mais, do sexo masculino,
residentes do Nordeste e Sudeste.
Edição: Fernando
Fraga

