Governo de Maduro vê com ‘extremo alerta’ uso da CIA como ‘ameaça’ contra a Venezuela

De acordo com o jornal The New York Times, Donald Trump autorizou a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos a realizar operações letais no país venezuelano, assim como no Caribe

O governo de Nicolás Maduro disse nesta quarta-feira (15) que vê com “extremo alerta” o uso da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) como “uma ameaça” contra a Venezuela, algo que, conforme considera, faz parte de “manobras” que buscam “legitimar uma operação” de “mudança de regime” no país sul-americano. “Observamos com extremo alerta o uso da CIA, assim como os deslocamentos militares anunciados no Caribe, que configuram uma política de agressão, ameaça e assédio contra a Venezuela”, disse o governo venezuelano em comunicado.

Portanto, a Venezuela antecipou que sua missão permanente na ONU vai apresentar uma denúncia, nesta quinta-feira (16), perante o Conselho de Segurança e o secretário-geral da organização, António Guterres, com o objetivo de exigir uma “prestação de contas” por parte do governo dos Estados Unidos e a “adoção de medidas urgentes que impeçam uma escalada militar no Caribe”. “A comunidade internacional deve compreender que a impunidade perante estes atos terá consequências políticas perigosas que devem ser detidas de imediato”, advertiu.

O jornal The New York Times revelou nesta quarta-feira que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou a CIA a realizar operações letais na Venezuela, assim como no Caribe, em uma escalada de suas ações contra o governo de Maduro com o objetivo de provocar uma “mudança de regime” no país sul-americano.

De acordo com o jornal, que cita como fontes funcionários do governo americano, a CIA poderia tomar ações encobertas contra Maduro ou seu governo, seja unilateralmente ou em conjunto, como parte de uma operação militar mais ampla.