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Sem bateria, câmeras de policiais podem não ter gravado parte da megaoperação

De acordo com o secretário da PM, Marcelo de Menezes, a operação durou mais do que o esperado e as baterias dos equipamentos ‘não foram recarregadas’ e, por isso, podem ter causado a ‘perda das imagens’

Sem bateria, câmeras de policiais podem não ter gravado parte da megaoperação
Sem bateria, câmeras de policiais podem não ter gravado parte da megaoperação (Foto: Reprodução)

Parte das imagens da megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, pode não ter sido registrada devido à falta de bateria nas câmeras corporais utilizadas pelos agentes. A informação foi confirmada pela cúpula da segurança pública do estado. Segundo o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, a longa duração da operação, que se estendeu por mais de 15 horas, excedeu a autonomia das baterias dos equipamentos, que é de aproximadamente 12 horas.


“Começamos a reunir às 3h de terça-feira. As tropas começaram a se movimentar às 5h. Em algum momento, há a substituição dessas baterias. Dado o cenário em que ali estavam empregadas as câmeras, aquelas baterias não foram recarregadas e em algum momento essas imagens podem ter sido perdidas”, explicou Menezes. Ele ressaltou que, em policiamento ordinário, a troca de baterias é um procedimento padrão, mas as condições do confronto dificultaram a substituição.

A operação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, resultou em 121 mortes, segundo dados oficiais, tornando-a a mais letal da história do estado. O Ministério Público e a Defensoria Pública investigam o caso e manifestaram preocupação com a possível perda das imagens, consideradas cruciais para a apuração das circunstâncias das mortes e da conduta policial.

A ação utilizou uma nova tática, denominada “Muro do BOPE“, na qual agentes da tropa de elite se posicionaram em uma área de mata na Serra da Misericórdia para encurralar os criminosos, que foram empurrados para o alto das comunidades pelos policiais que avançavam na parte baixa.


Por Jovem Pan 30/10/2025 10h20